Governo Trump exclui computadores, smartphones e chips de tarifas impostas à China 515g51
O governo de Donald Trump eliminou as tarifas sobre smartphones, computadores e outros dispositivos eletrônicos chineses, reduzindo o impacto de custo de vários produtos populares de alta tecnologia para os consumidores americanos. A medida foi divulgada nesta sexta-feira (11) à noite pelo Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras. 4y3j48
O governo de Donald Trump eliminou as tarifas sobre smartphones, computadores e outros dispositivos eletrônicos chineses, reduzindo o impacto de custo de vários produtos populares de alta tecnologia para os consumidores americanos. A medida foi divulgada nesta sexta-feira (11) à noite pelo Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras. v4y3p
Os semicondutores também foram excluídos da taxa de "base" de 10% para a maioria dos parceiros comerciais. A lista reúne, no total, 20 categorias de produtos, incluindo computadores, laptops, discos rígidos, sistemas automáticos de processamento de dados, chips de memória, e telas planas.
Como esses dispositivos são, com frequência, montados na China, não serão atingidos por direitos aduaneiros de 145% impostos por Donald Trump a todas as importações americanas do país. A decisão traz alívio para grandes empresas do setor de novas tecnologias, como a Apple. A alfândega dos EUA não esclareceu se as isenções poderão ser aplicadas de maneira retroativa, desde 5 de abril.
Neste sábado, a China disse na OMC (Organização Mundial do Comércio) que as tarifas impostas pelos Estados Unidos podem trazer sérias consequências em nível mundial.
O ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, alertou que as taxas "causarão graves prejuízos aos países em desenvolvimento e podem até desencadear uma crise humanitária", de acordo com um comunicado divulgado por seu gabinete.
"Os Estados Unidos continuam introduzindo medidas tarifárias, gerando grande incerteza e instabilidade ao redor do mundo e causando 'caos' em nível internacional e dentro de seu próprio país", declarou durante uma conversa telefônica na sexta-feira com a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala.
China vai "ignorar" novos aumentos 2e254q
O governo chinês afirmou, na sexta-feira, que, a partir de agora, "ignorará" novos aumentos de tarifas impostos pelos Estados Unidos e que "neste nível" os produtos americanos exportados para a China "não têm mais nenhuma chance de serem aceitos no mercado".
O país asiático também anunciou que apresentaria uma queixa à OMC sobre a última rodada de tarifas de Trump.
As exportações chinesas para os Estados Unidos ultraaram os US$ 500 bilhões (R$ 3 trilhões na cotação da época) no ano ado, representando 16,4% do total, de acordo com os serviços alfandegários de Pequim.
Apesar das tensões, Trump permaneceu "otimista" sobre um acordo comercial com Pequim na sexta-feira, afirmando que sua política tarifária estava "funcionando muito bem".
O presidente republicano recuou parcialmente em sua ofensiva protecionista na quarta-feira e suspendeu por 90 dias as tarifas adicionais impostas aos parceiros comerciais dos EUA, exceto Pequim, mantendo ao mesmo tempo certas tarifas maiores e um imposto mínimo de 10%.
Explosão de exportações chinesas 2r5v1l
A reviravolta de Donald Trump sobre as tarifas mostra que há "espaço para negociação", mas não devemos "reivindicar vitória", disse o ministro da Economia, Eric Lombard, neste sábado.
Ele também alertou para o risco de uma explosão nas exportações chinesas. "Os americanos estão mantendo o aumento de 10% nas taxas alfandegárias para todos os produtos europeus importados para os Estados Unidos, sem contar as medidas sobre aço e automóveis que são mantidas. É por isso que a Europa deve manter a pressão", enfatizou.
O ministro reuniu recentemente líderes empresariais para incentivá-los a "investir na Europa". "Eles têm interesse nisso porque é uma zona econômica estável, democrática e previsível", explicou. Além disso, Lombard ressaltou que a França está monitorando o fluxo de mercadorias porque "pode haver a tentação de a China se voltar para o mercado europeu".
"Quero o bloqueio de qualquer enxurrada de produtos da China!", acrescentou. Lombard também disse ser "a favor" da de acordos comerciais, como o do Mercosul, "desde que seja feito para evoluir, porque não é aceitável como está. Ainda há melhorias a serem feitas em termos de agricultura e meio ambiente."
Com informações da AFP