EUA: Trump amplia veto a estrangeiros e barra entrada de cidadãos de 12 países ut21
O presidente americano, Donald Trump, assinou uma nova ordem executiva que proíbe totalmente a entrada de cidadãos de 12 países e impõe restrições a outros sete. A medida, anunciada nesta semana, amplia o polêmico "travel ban", que restringe ou impede o o ao território americano de cidadãos de alguns países, por razões de segurança nacional, saúde pública ou política externa. 4v6n6o
O presidente americano, Donald Trump, assinou uma nova ordem executiva que proíbe totalmente a entrada de cidadãos de 12 países e impõe restrições a outros sete. A medida, anunciada nesta semana, amplia o polêmico "travel ban", que restringe ou impede o o ao território americano de cidadãos de alguns países, por razões de segurança nacional, saúde pública ou política externa. 4w136k
Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova York
Trump assinou assinou nesta quarta-feira (4) um veto de viagem que atinge principalmente cidadãos da África e do Oriente Médio. Com a decisão, ele retoma uma iniciativa de seu primeiro mandato para impedir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.
A medida, que entrará em vigor na próxima segunda-feira (9), proíbe a entrada nos EUA de cidadãos do Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Já Cuba, Venezuela, Togo, Burundi, Laos e outros três países enfrentam restrições parciais, como limites para determinados tipos de visto.
Trump afirma que a decisão foi baseada em objetivos de segurança nacional, política externa e combate ao terrorismo. Em umvídeodivulgado em sua rede Truth Social, ele associou o novo veto ao ataque ocorrido no último domingo em Boulder, no Colorado.
De acordo com o presidente americano, o caso expôs os riscos representados por visitantes que permanecem nos EUA após o vencimento de seus vistos. O autor do ataque é egípcio — embora o Egito não esteja na lista de países com restrições — e, segundo o Departamento de Segurança Interna, ele havia excedido o prazo permitido por um visto de turismo.
O presidente americano justificou que algumas nações têm sistemas "deficientes" de triagem e verificação de antecedentes ou se recusam a receber cidadãos deportados pelos EUA.
A nova lista de restrições tem como base um relatório anual do próprio governo americano que aponta os países com maiores índices de permanência irregular de turistas, estudantes e viajantes a negócios. "Preciso agir para proteger a segurança nacional e os interesses dos Estados Unidos e do seu povo", declarou Trump.
Nova restrição a Harvard 44522i
Nesta quarta-feira (4), Trump também anunciou uma medida inédita: a suspensão da entrada de estrangeiros que pretendem estudar ou participar de programas de intercâmbio na Universidade de Harvard.
O presidente acusa a instituição de não colaborar com as autoridades federais e afirma que a universidade se tornou um "destino inadequado" para estudantes e pesquisadores internacionais. A ordem tem validade inicial de seis meses, mas pode ser prorrogada. O governo também estuda revogar vistos já concedidos a estrangeiros atualmente matriculados em Harvard.
A deputada democrata Pramila Jayapal classificou as medidas como "discriminatórias" e alertou para o impacto sobre famílias, estudantes e comunidades imigrantes nos EUA. Organizações de direitos civis acusam o governo de promover uma política com viés étnico e ideológico.
Desde que reassumiu a presidência, Trump vem endurecendo a política migratória. Além das novas proibições de entrada, ele bloqueou pedidos de asilo na fronteira com o México e determinou o monitoramento das redes sociais de todos os solicitantes de visto.