Entenda o que é e como atua a "bactéria que come carne" 4s3y23
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O caso da americana Aimee Copeland, que perdeu as mãos, uma perna e um pé devido a uma infecção, causou comoção e percorreu a imprensa do país e do mundo. O caso dela se junta a outros de pessoas que sofreram pela chamada "bactéria que come carne". Mas o que é esse micro-organismo? Como ele atua? Para o professor Jorge Timenetsky, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP), o termo "comedora de carne" é "inadequado de uma forma acadêmica porque dá chance das pessoas interpretarem cada um de sua maneira", mas não errado do ponto de vista popular. 4n6u3e
Aimee perdeu as mãos, uma perna e um pé devido a uma infecção
Foto: Divulgação
O pesquisador afirma que o termo se refere a graves infecções de pele e músculo e que podem ser causadas por uma grande variedade de bactérias - e não uma só. Ele cita, por exemplo, a Streptococcus pyogenes do grupo A de Lancefield. Uma mutação no genoma desse micro-organismo pode fazer com que ele cause uma condição conhecida como fascíite necrotizante. A bactéria ataca as células dos tecidos e secreta um superantígeno, que estimula a resposta imunológica, o que provoca muita inflamação na região.
Chama atenção nesses casos a necessidade, muitas vezes, de amputação. Timenetsky explica que essas infecções dependem de diversos fatores, como o sistema imunológico do paciente. Em pacientes com imunidade baixa, um desses micro-organismos pode invadir o corpo (por isso ela é mais comum em hospitais). "Uma bactéria que faz isso permite que outras bactérias avancem (...) Você tem que fazer uma amputação porque é uma infecção que vai se alastrando", explica.
Mas elas comem carne? Segundo o professor, essas bactérias precisam de nutrientes para se duplicar, então elas buscam eles nas células de pele e músculo.
O caso da americana Aimee Copeland, que perdeu as mãos, uma perna e um pé devido a uma infecção, causou comoção e percorreu a imprensa do país e do mundo. O caso dela se junta a outros de pessoas que sofreram pela chamada "bactéria que come carne". Mas o que é esse micro-organismo? Como ele atua?
Foto: Divulgação
Para o professor Jorge Timenetsky, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP), o termo "comedora de carne" é "inadequado de uma forma acadêmica porque dá chance das pessoas interpretarem cada um de sua maneira", mas não errado do ponto de vista popular
Foto: Divulgação
O pesquisador afirma que o termo se refere a graves infecções de pele e músculo e que podem ser causadas por uma grande variedade de bactérias - e não uma só
Foto: Divulgação
Ele cita, por exemplo, a Streptococcus pyogenes do grupo A de Lancefield. Uma mutação no genoma desse micro-organismo pode fazer com que ele cause uma condição conhecida como fascíite necrotizante. A bactéria ataca as células dos tecidos e secreta um superantígeno, que estimula a resposta imunológica, o que provoca muita inflamação na região
Foto: Divulgação
Chama atenção nesses casos a necessidade, muitas vezes, de amputação. Timenetsky explica que essas infecções dependem de diversos fatores, como o sistema imunológico do paciente. Em pacientes com imunidade baixa, um desses micro-organismos pode invadir o corpo (por isso ela é mais comum em hospitais). "Uma bactéria que faz isso permite que outras bactérias avancem (...) Você tem que fazer uma amputação porque é uma infecção que vai se alastrando", explica
Foto: Divulgação
Mas elas comem carne? Segundo o professor, essas bactérias precisam de nutrientes para se duplicar, então elas buscam eles nas células de pele e músculo. Veja a seguir mais informações sobre a história de Aimee e outros casos
Foto: Divulgação
Aimee Copeland participa do festival Celebration of Life em Villa Rica, West Georgia. Ela foi ovacionada e agradeceu o apoio: "Isto é um símbolo, eu penso, de como a comunidade de West Georgia esteve aqui por mim, e eu sou muito grata a todo mundo, todo mundo que está aqui. Isso é incrível". Leia mais
Foto: WSBTV / Reprodução
Em imagem divulgada pela família, Aimee Copeland segura cartaz com a frase "Quando o poder do amor superar o amor pelo poder, o mundo vai conhecer a paz". A universitária de 24 anos perdeu uma perna, o pé da outra, duas mãos e parte do abdome devido a uma bactéria que come carne. O caso comove os Estados Unidos e é destaque no principais jornais, TVs e sites dos EUA
Foto: AP
Segundo o jornal The Washington Post e a agência AP, a irmã da jovem, Paige (que chora na imagem, feita durante uma entrevista em 10 de maio), foi a primeira da família a conversar com ela. No Facebook, o pai - Andy Copeland (também na imagem) - disse: "nosso bebê consegue falar."
Foto: AP
Donna, mãe da jovem (esq.), a irmã Paige e o pai Andy se surpreenderam quando a jovem voltou a falar. De acordo com a rede de TV CNN, o pai "decretou" o dia 27 maio como o "Aimee Day" (Dia de Aimee). A família dá notícias da estudante pelo Facebook e por um blog
Foto: AP
A rede CBS conta que a estudante da Universidade do Oeste da Georgia contraiu a rara doença após cortar sua perna em um acidente. Ela tentou ar por um rio com uma tirolesa feita artesanalmente, mas caiu. Os médicos fecharam o ferimento com 22 pontos, mas dias depois a condição dela piorou e teve que ser internada em um hospital, onde foi feito o diagnóstico.
Foto: AP
São muitos os tipos de bactérias que causam a condição conhecida como fascíite necrotizante, na qual a bactéria ataca o tecido saudável e o destrói. Uma delas, a Aeromonas hydrophila (que aparece na imagem), causou a infecção em Aimee depois de entrar em seu corpo pelo corte acidental
Foto: AP
Aimee se machucou ao cair de uma tirolesa. Ele teve o corte fechado, mas voltou ao hospital dias depois se sentindo pior, foi então internada e teve o diagnóstico. Segundo o jornal Daily Mail, o acidente ocorreu no dia 1º de maio
Foto: AP
Um das características que mais surpreendeu a família da jovem foi seu senso de humor com a situação. O pai descreve ao jornal The USA Today que ela conta piadas o tempo todo. "Eu ri de algumas coisas que ela havia falado e disse 'Aimee, você é tão preciosa quanto a Mona Lisa'", o pai afirma então que a jovem cobriu as sobrancelhas com o braço e brincou: "eu não sou como a Mona Lisa. Ela não tem sobrancelhas". Aimee é a de roupa rosa na imagem divulgada pela família
Foto: AP
Imagem divulgada pela família mostra a jovem com amigos
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
A maioria das fotos de Aimee que a família divulga mostram a jovem alegre
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
A americana sofreu acidente no dia 1º de maio
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
Aimee (dir.) aparece com a irmã
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
A jovem discursa na Universidade de West Georgia, onde estuda
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
Aimee aparece com a irmã e os pais
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
Aimee brinca com amigos
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
A jovem sofreu um acidente em uma tirolesa improvisada, quando foi infectada
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
A família mantém um blog sobre Aimee (em inglês)
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
A universitária aparece quase sempre alegre nas imagens
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
Aimee brinca na universidade na qual estuda
Foto: Arquivo pessoal / Divulgação
Katy Hayes, 44 anos, foi contaminada pelo estreptococo do grupo A. Ela deve ser a primeira pessoa dos EUA a receber um transplante duplo de braço. Leia mais
Foto: Reuters
Lana Kuykendall, 36 anos, também sofreu uma infecção desse tipo. Ela recebeu alta do hospital em julho após ser internada em maio. Leia mais