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Suzano compra 51% de operações globais de papéis de higiene da Kimberly-Clark por US$ 1,7 bi p4v50

Aquisição contempla 22 fábricas de produção de toalhas, guardanapos e lenços em 14 países; unidades da Kimberly-Clark na América do Norte ficarão de fora do negócio 315o1o

5 jun 2025 - 08h50
(atualizado às 15h10)
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A Suzano anunciou nesta quinta-feira, 5, que a sua subsidiária, a Suzano International Holding, adquiriu da Kimberly-Clark, por US$ 1,734 bilhão, 51% do capital social de uma nova sociedade constituída na Holanda, formando uma t venture. 433b5

A nova sociedade será titular de ativos referentes aos negócios (fabricação, distribuição, marketing e venda) de produtos de papéis de higiene, conhecidos como tissue. A Suzano terá uma opção de compra da participação de 49% da Kimberly-Clark na sociedade, que poderá ser exercido três anos após a data de fechamento.

O valor da aquisição será pago à vista, em dinheiro, no fechamento da operação, mas está sujeito a determinados ajustes até a conclusão, que deve ocorrer em meados de 2026. O acordo está condicionado a aprovação de autoridades regulatórias e a conclusão da reorganização societária da K-C nas Regiões Incluída.

Suzano fecha acordo para comprar ativos da Kimberly-Clark
Suzano fecha acordo para comprar ativos da Kimberly-Clark
Foto: Suzano/Divulgação / Estadão

Os principais ativos do negócio são 22 fábricas de produção de tissue localizadas em 14 países. A operação terá uma capacidade anual total de produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas.

A t venture produzirá toalhas de papel, guardanapos, lenços de papel, tanto da linha familly care, quanto da professional business, na América do Sul e Central, Irlanda, Reino Unido, Europa, África, Oriente Médio, Ásia e Oceania. Alguns países nessas regiões estarão fora da operação. Determinadas marcas regionais utilizadas pela Kimberly-Clark serão transferidas para a sociedade, já marcas globais serão licenciadas para a nova operação por um longo prazo e sem pagamento de royalties.

A Kimberly-Clark manterá seus ativos na América do Norte, tal como outras t ventures com terceiros, em locais fora da nova operação.

"A operação está alinhada à estratégia de longo prazo da Suzano de crescimento com criação de valor e disciplina financeira, em negócios que tenham escalabilidade e nos quais a Suzano possa alavancar sua competitividade", destaca a Suzano.

Negócio agrada ao mercado 3i757

A entrada da Suzano em uma t venture com a Kimberly-Clark é considerada positiva, segundo agentes do mercado, ouvidos pelo Estadão/Broadcast.

Para o sócio da L4 Capital, Hugo Queiroz, o fundamento da aquisição é positivo para a Suzano. A companhia terá uma ampliação geográfica e de atuação em seu negócio, com entrada no tissue, levando a crescimento e geração de caixa diante de um aumento de escala. "O preço pode gerar dúvida no mercado, mas o valor é confortável diante dos benefícios que a t venture trará", avalia Queiroz.

Outro ponto importante para ele é que a operação leva à mais verticalização da cadeia produtiva da empresa, da floresta à fábrica. Com isso, destaca Queiroz, a Suzano pode fortalecer suas estratégias no mercado de crédito de carbono, que desbloqueará "um valor enorme para a empresa".

O head de renda variável da Fami Capital, Gustavo Bertotti, também vê o negócio como favorável, considerando que a Suzano, que já é uma das maiores do mundo, entra em um negócio com grande sinergia, sem deixar o setor que domina. Ele pondera que há incertezas no mercado global, principalmente com as tarifas dos EUA, o que poderia atrapalhar o negócio, mas que, mesmo esse tema em vista, a transação tem mais pontos positivos do que negativos.

Na mesma linha, o sócio da Fatorial Invest, Fábio Lemos, também considerou o negócio bom para a Suzano. Ele destaca que o valor é menor que o esperado pelo mercado, o que é positivo, visto que a maior dúvida sobre o caso era o endividamento da Suzano.

Lemos completa que, considerando que a Kimberly-Clark gerou US$ 525 milhões de caixa em 2024, o negócio saiu por 6,5 vezes o valor da empresa sobre Ebitda, um indicador saudável para o setor. Já para Felipe Santa'Anna, especialista da Star Desk, foi uma excelente aquisição por expandir o portfólio e abrir um novo mercado./Com Beth Moreira

Estadão
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