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Empresas em dia com bancos são sufocadas por dívidas 'disfarçadas' 5zn4d

Empresas brasileiras enfrentam um modelo de endividamento bancário que corrói silenciosamente sua saúde financeira 3r37n

8 jun 2025 - 06h34
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Resumo
Empresas brasileiras, mesmo quitando dívidas bancárias em dia, enfrentam crise financeira devido a cláusulas abusivas e cobranças ocultas, mas soluções jurídicas podem reverter o cenário sem romper relações com os bancos.
Foto: Freepik

Contratos “em dia” também escondem armadilhas financeiras. Enquanto boa parte das atenções no noticiário econômico se volta para os altos índices de inadimplência e falência no Brasil, uma nova crise se forma nos bastidores: empresas que, mesmo pagando em dia seus financiamentos, estão à beira de um colapso financeiro. O fenômeno, que vem ganhando o apelido de “bolha silenciosa do empreendedorismo”, tem afetado diretamente empresas em crescimento, especialmente aquelas que dependem fortemente de crédito bancário para operar. 44g38

A armadilha está, muitas vezes, onde menos se espera: nos próprios contratos de financiamento. Com cláusulas abusivas, taxas sobrepostas, renegociações desvantajosas e cobranças indevidas camufladas em jargões técnicos, muitos desses contratos comprometem o fluxo de caixa das empresas de forma contínua e quase imperceptível.

“O problema não está apenas em quem está inadimplente. Muitas empresas estão sendo estranguladas por contratos bancários que, embora pareçam regulares, escondem cobranças excessivas que corroem a margem de lucro e comprometem a saúde do negócio a longo prazo”, explica o advogado Arthur Rodrigues, especialista em reestruturação financeira e jurídica de empresas.

Segundo levantamento da Serasa Experian, o ano de 2024 fechou com 6,9 milhões de empresas inadimplentes no país. No entanto, esse número não inclui as empresas que estão “em dia” com os bancos, mas endividadas em condições insustentáveis – uma situação mais comum do que se imagina, especialmente em um cenário de juros elevados e retração do crédito, como o que o Brasil enfrenta desde o pós-pandemia.

Arthur alerta para a ilusão da regularidade: “O empreendedor muitas vezes acredita que está fazendo o certo, pagando suas parcelas, renegociando quando necessário, mas não percebe que está preso a um modelo de dívida que só cresce, sufoca o caixa e impede o investimento no próprio crescimento. É uma angústia silenciosa que compromete, inclusive, a saúde mental dos gestores”.

Soluções jurídicas existem 4a66w

De acordo com o especialista, é possível reverter esse cenário sem entrar em confronto direto com os bancos. Existem ferramentas jurídicas que permitem revisar contratos bancários, identificar cobranças indevidas e recuperar valores pagos a mais, muitas vezes com base em cláusulas consideradas abusivas pela jurisprudência.

“Há uma ideia equivocada de que, para discutir um contrato bancário, é preciso judicializar e romper relações com a instituição financeira. Na prática, existem caminhos técnicos e respaldados pela lei para reequilibrar contratos e até recuperar parte do valor já pago. E o mais importante: esse movimento pode ser feito de forma estratégica, preservando a relação com o banco e o o ao crédito no futuro”, detalha Arthur.

O cenário se torna ainda mais crítico quando se considera o atual momento da economia. Com a taxa básica de juros (Selic) ainda em patamar elevado – 14,75% ao ano em maio de 2025 – e o o ao crédito cada vez mais , as empresas acabam tendo poucas alternativas para reforçar o caixa, recorrer a investimentos ou absorver oscilações do mercado. É aí que o diagnóstico precoce dessas dívidas silenciosas se torna uma vantagem competitiva.

“Esse movimento precisa ser visto como uma tendência de mercado e uma nova frente de inteligência financeira. Os empresários que identificam e corrigem essas distorções estão, na prática, desatando nós que os impedem de crescer. Não se trata apenas de corrigir um erro, mas de liberar o fôlego necessário para expandir, inovar e sustentar o negócio no longo prazo”, afirma o advogado.

Ao orientar empresas de diversos portes e segmentos na revisão de seus contratos e na recuperação de valores pagos indevidamente, Arthur Rodrigues tem observado um padrão: o problema costuma ser sistêmico, mas a solução é altamente personalizada.

“Cada contrato é um universo. Por isso, é fundamental contar com uma análise técnica e detalhada, feita por quem entende tanto da linguagem jurídica quanto da dinâmica empresarial”, reforça.

A tendência é que esse tipo de abordagem jurídica deixe de ser uma medida de crise e e a integrar o planejamento estratégico das empresas, especialmente em setores com grande volume de financiamentos, como comércio, transporte e agronegócio. “Não é exagero dizer que essa pode ser a diferença entre a sobrevivência e o colapso de muitas empresas nos próximos anos”, conclui Arthur.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Como, agência de conteúdo e conexão.

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